quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Bem vinda minha filha!



“Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem” (Mateus 7, 11).


Nunca mais o dia nove de fevereiro será esquecido em minha vida! Nesses meus onze anos de caminhada na igreja, já preguei muitos retiros, e muitos deles, falei sobre o amor de Deus Pai. De forma especial, hoje essa palavra de Mateus se cumpriu em minha vida!
Minha filha, quando olhei para você e pude ouvir o seu primeiro chorinho, meu coração se encheu de uma alegria inexplicável. Naquele instante, tudo pareceu mudar, como que eternizando a santidade daquele momento.
Olhei bem e pude ver a minha semelhança em ti e, sem conseguir explicar, já não sou mais a mesma pessoa que ontem. Seus olhinhos fechadinhos, querendo abrir para reconhecer a minha voz que tantas noites fizeram você pular no ventre...
Não consegui fazer nada... Apenas chorei por alguns instantes e silenciei, estático olhando seus primeiros e ousados movimentos naquele berçário. Pensei em Deus no momento em que criou seu primeiro filho... Creio que deva ter feito o mesmo! Ficou ali vendo a beleza de sua criação, sorrindo como quem não quer dizer nada... Ficou apenas observando.
Olhei em cada detalhe em você, e percebi como Deus criou cada pontinho do seu pequeno corpo. Um pequeno pezinho com pedacinho de unha... Como Deus te amou, e como Ele te ama filha!
Nesse momento, enchi o peito de uma alegria transbordante e só pude dizer “obrigado”. Agradeci a Deus por confiar tamanha riqueza a mim e minha amada esposa. Comecei a compreender de maneira mais profunda o verdadeiro sentido da Trindade Santa!
Quem é mais importante? O pai, a mãe ou a filha? Todos! Todos são um e um são todos! Hoje você é pra mim o elo que une o amor mais puro e sincero que sinto por sua mãe!
Você é o amor que se tornou fecundo! É o amor que se tornou pessoa, e habita hoje entre nós! Você é a preciosidade palpável do sentimento mais profundo que meu coração pode sentir... Você é sacramento! É sinal visível das coisas invisíveis... Sinal de Deus em nossa vida...
Você me faz amar ainda mais sua mãe! Você me faz ver a beleza de Deus e a simplicidade imensurável Daquele que cria, olha e zela por todas as coisas, em segredo e carinhosamente. Ele já te conhecia, já te amava e já te chamava para a vida, e agora, quero poder ser um pouco desse amor para você!
Meu maior pedido, como seu pai, é que eu possa apresentar para você Aquele que verdadeiramente sabe ser pai e sabe dar coisas boas para seus filhos! Que por todo o resto dos meus dias, eu consiga mostrar para você filha, tudo aquilo que Deus me fez sentir nesse dia tão especial do seu nascimento.
Saiba que você já é muito amada! Muitos recados, ligações, sorrisos e orações você conseguiu colher de tantas pessoas queridas e amadas por nós.
Estou contando as horas para te trazer para casa e cantar uma canção que brota do mais fundo do meu coração. Fiz essa canção, minha filha, para que você um dia, quando crescer e entender tudo o que estou escrevendo, possa sentir um pouquinho do muito que sua presença iluminada fez em meu coração!
Te amo muito!
Obrigado minha esposa e mamãe Vanessa, por proporcionar momentos tão divinos para o meu pequeno coração humano.
Seja bem vinda minha filha! Você é sim a Ana Clara, que veio para iluminar nossas vidas!
A maior prova da nossa eternidade é a capacidade que o Eterno nos deu de eternizar as coisas da terra. Isso eu aprendi no dia de hoje! Te amo eternamente, Vanessa e Ana Clara.

Canção pra te ninar.
(Adryadson F. Nappi)

Agora eu vou pedir, feche os teus olhinhos
Deite de mansinho, pra você dormir
Enquanto eu cantar
Canção pra te ninar

Deitada em meus braços,
Posso então sentir, a força pra seguir
Todos os teus passos
Pra poder cantar,
Canção pra te ninar

Não tenha medo agora, pois não irei embora
Ficarei aqui, pra ver você dormir
Agora eu posso cantar
Perdoa se eu chorar
Pois vejo a inocência, em teus sonhos passear
Feliz então eu canto
Canção pra te ninar
Escrito por: Adryadson Flabio Nappi