quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Amor "materno"de Deus

“Pois eis o que diz o Senhor: vou fazer a paz correr para ela como um rio, e como uma torrente transbordante a opulência das nações. Seus filhinhos serão carregados ao colo, e acariciados no regaço. Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados em Jerusalém” (Isaias 66, 12-13).

Posso dizer com toda a certeza no coração que o amor de Deus para conosco é imensurável e incompreensível. Porém, Ele mesmo nos dá uma dimensão real e humana do Seu amor comparando seu Amor ao amor materno, que doa sua vida para os seus filhinhos. Isso me faz lembrar certa história que um dia li:
“Certa vez, perguntaram a uma mãe qual era o seu filho preferido, aquele que ela mais amava. "Nada mais volúvel do que um coração de mãe", respondeu ela. O meu filho preferido é o meu filho doente, até que ele sare. O filho que partiu, até que ele volte. O que está cansado, até que descanse. O que está com fome, até que se alimente. O que está estudando, até que aprenda. O que não trabalha, até que se empregue. O que é pai, até que crie seus filhos. O que chora, até que se cale, tranqüilo... Amo a todos com igual intensidade, acrescentou a mãe. E concluiu... O preferido é aquele que, no momento, está precisando de maior atenção e carinho” (autor desconhecido).
Essa pequena e bela história define de forma maravilhosa a dimensão do amor de uma mãe, que não tem preferência por nenhum dos seus filhos. A beleza disso é saber que o amor materno não impõe condições, comportamentos ou causas definidas.
Simplesmente, a mãe ama o filho pelo que ele representa em sua vida e não pelo que ele fez ou deixou de fazer para ela. Essa é a maior essência do amor! “Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados em Jerusalém”.
Para Deus, é isso que somos! Pequenas crianças carentes do seu amor, sedentas por consolo, paz e carinho. Que bela promessa de Deus para nós! Ele nos carregará no colo e acariciará nossos rostos.
Quão bom e agradável é o nosso Deus. O Deus que não prefere ninguém, mas que ama a cada um especialmente, segundo a necessidade de cada momento. Um Deus que não se dá em partes para uma multidão mas que se doa plenamente para cada um individualmente.
Podemos pensar então que a medida do amor de Deus é a medida do amor de uma mãe? Em partes sim, porém, vai muito mais além do que isso. "Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palma de minhas mãos, tenho sempre sob os olhos tuas muralhas" (Isaias 49, 15-16).
"Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações" (Jeremias 1, 5) diz o Senhor. O amor de Deus vai ainda mais além do amor de uma mãe, pois antes que nossas mães nos amassem, Deus nos amou primeiro.
O amor materno é sim semelhante ao amor de Deus, porém ainda com a imperfeição humana. Deus nos ama com a perfeição máxima e plena de amar, pois Ele é a personificação desse amor. Perto de Deus só existe amor na sua forma mais bela e perfeita de ser, o amor ágape.
Te pergunto então: se uma mãe ama tão intensamente o filho que é capaz de dar tudo o que tem para ele, o que dirá então o amor de Deus? Só posso terminar citando o que Paulo escreve aos Romanos: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades,nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8, 34-39).
Que Deus nos abençoe!

Escrito por: Adryadson F. Nappi

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